Tornamo-nos esfinges
Tornamo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos.
Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas e não sabemos o que somos realmente.
Mensagens Relacionadas
A cor das flores não é a mesma
A cor das flores não é a mesma ao sol de quando uma nuvem passa ou quando entra a noite.
(Do livro Fernando Pessoa Obra Poética II, Coleção L&PM, Organização: Jane Tutikian, pág. 69.)
Desceu sobre n s a mais profunda e
Desceu sobre nós a mais profunda e a mais mortal das secas dos séculos — a do conhecimento íntimo da vacuidade de todos os esforços e da vaidade de todos os propósitos. Barão de Teive
(do livro …
Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio, em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar, trazendo restos do que achaste pelas profunduras da tua existência.
Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua…
O amor soube então que se chamava amor
O amor soube então que se chamava amor.
E quando levantei meus olhos a teu nome
teu coração logo dispôs de meu caminho.
Tenho fome da sua boca, da sua voz, do seu cabelo, e ando pelas ruas sem comer, calado, não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta, busco no dia o som líquido dos seus pés.
Tenho fome da sua boca, da sua voz, do seu cabelo,
e ando pelas ruas sem comer, calado,
não me sustenta o pão, a aurora me desconcerta,
busco no dia o som líquido dos seus pés.
…
Quem escreve para obter o supérfluo como se
Quem escreve para obter o supérfluo como se escrevesse para obter o necessário, escreve ainda pior do que se para obter apenas o necessário escrevesse.
#famosos#pessoa#poemas#fernando#escritores#amor#fernandopessoa