Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio, em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar, trazendo restos do que achaste pelas profunduras da tua existência.
Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?
Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Mensagens Relacionadas
Tenho uma grande tristeza Acrescentada à que sinto. Quero dizer-ta mas pesa O quanto comigo minto.
Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ta mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não,
E a chuva …
Mas talvez não chegar queira dizer que há
Mas talvez não chegar queira dizer que há outra estrada que achar, certa estrada que está, como quando da festa se esquece quem lá está
#pessoa#fernandopessoa#fernando#famosos#amor#poemas
Não sou nada
Não sou nada,
Não posso ter nada,
Não quero ter nada,
À parte isso,
Tenho todos os sonhos do mundo.
Quem escreve para obter o supérfluo como se
Quem escreve para obter o supérfluo como se escrevesse para obter o necessário, escreve ainda pior do que se para obter apenas o necessário escrevesse.
#famosos#poemas#fernandopessoa#amor#fernando#pessoa#escritores
É o tempo da travessia
“É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
#fernando#fernandopessoa#amor#poemas#pessoa#famosos