VAMPIRO
VAMPIRO
Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,
De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão,
Como ao baralho ao jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!
Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao vento, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.
Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,
Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro! "
Mensagens Relacionadas
Correspondências
Correspondências
A Natureza é um templo onde vivos pilares
Deixam sair às vezes palavras confusas:
Por florestas de símbolos, lá o homem cruza
Observado por olhos ali familiare…

Para te rejuvenescer
Para te rejuvenescer: crianças, novos projetos, queda livre (depois que parou de cair! )
#baudelaireguinevere#poemas#baudelaire
Tout homme bien portant peut se passer de
Tout homme bien portant peut se passer de manger pendant deux jours - de poésie, jamais!
#baudelaire#poemas#charlesbaudelaire
Je ne puis trouver parmi ces pâles roses Une
Je ne puis trouver parmi ces pâles roses
Une fleur qui ressemble à mon rouge idéal.
Mesmo uma cômoda entulhada com lembranças
Mesmo uma cômoda entulhada com lembranças,
Notas velhas, cartas de amor, fotografias, recibos,
Deposições judiciais, cachos de cabelo em tranças,
Esconde menos segredos do que o meu …
Sim o tempo reina
Sim o tempo reina; ele retomou sua brutal ditadura. E está-me empurrando, como se eu fosse um boi, com seu duplo aguilhão: "Vai, anda, burrico! Vai, sua, escravo! Vai, vive, maldito! "
#baudelaire#charlesbaudelaire#poemas