O Poeta Come Amendoim

O Poeta Come Amendoim
Mastigado na gostosura quente de amendoim…
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico…
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons…
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois remurmuram sem malícia as rezas bem nascidas…
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der…
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

#poemas#mariodeandrade#modernismo 704

Mensagens Relacionadas

Écloga (imitado de Alberto de Oliveira)

Écloga (imitado de Alberto de Oliveira)
Tirsis, enquanto Melibeu procura
Esgarrado caprídeo, sonolento
Deita-se à sombra de pinhal e o vento
Escuta, olhando os cirros pela altu…

(…Continue Lendo…)

#mariodeandrade#poemas#modernismo

De acordo com Mario de Andrade

De acordo com Mario de Andrade, havia uma gota de sangue em cada poema…Eu na minha mania de excesso, além do sangue trago em meus versos, as lagrimas da alma e as representações de cicatrizes que não …

(…Continue Lendo…)

#poemas#modernismo#beatrizfreireguimaraes
Tenho a felicidade de escrever os meus melhores versos

Tenho a felicidade de escrever os meus melhores versos

Tenho a felicidade de escrever os meus melhores versos. Melhor do que isso não posso fazer.

#poemas#mariodeandrade#andrade#mario#modernismo#bonitas
O Machado era de Assis

O Machado era de Assis

O Machado era de Assis, a Rosa do Guimarães, a Bandeira do Manuel. Mas feliz mesmo era o Jorge, que era Amado.

#decepcao#josemarciosousa#amorosa#poemas#modernismo
#microconto de Manuel Bandeira

#microconto de Manuel Bandeira

#microconto de Manuel Bandeira
Foi-se embora pra Pasárgada e descobriu que, aquele, era um caminho sem volta.

#poemas#modernismo#mmsoriano
O medroso

O medroso

O medroso
A assombração apagou a candeia
Depois no escuro veio com a mão
Pertinho dele
Ver se o coração ainda batia.

#poemas#oswalddeandrade#modernismo