As vezes eu me olho no espelho Sinto medo
As vezes eu me olho no espelho
Sinto medo, medo de mim
Eu não me conheço
Sou esquisito
Sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo e defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse da-me de volta quem saiu
Eu riu, alto, assustado e engraçado.
Duas longas coisas saindo do corpo: são os braços
Buracos, pelos, peles, nariz ponteagudo
Duas orelhas presas na minha cabeça
Olho os dedos, meus olhos, me assusta.
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Rídícula coisa, ali em pé em frente ao espelho
Eu me vejo de fora
Faço uma abstração mental do que eu nunca vi
Que sou humano, e me vejo.
É esquisito.
É realmente esquisito.
Procuro-me no espelho
Enão me acho.
Só vejo aquilo ali.
Parado.
Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantem em pé.
Ali
no espelho.
Eu sei que não sou aquilo,
e o que sou, o espelho não pode
me mostrar… AINDA… eu não brilho…
ainda…
fornecido por D.
Maria Eugenia Seixas 08/90
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