A DESPEDIDA DO AMOR
A DESPEDIDA DO AMOR
Existe duas dores de amor.
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi.
Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos.
Há, como falei, duas dores.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém.
Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega.
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita.
É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Mensagens Relacionadas

Eu percebi o qual despedidas são difíceis
Eu percebi o qual despedidas são difíceis. É como se você fosse atingida por toda a saudade que você vai sentir, sem ao menos senti-la.
#poemas#carolinagabriellagoncalveslima#despedidas#saudades
A brevidade da vida torna rápida as despedidas
A brevidade da vida torna rápida as despedidas, questionando o amanhã…
Te demora no teu hoje, porque se perde a vida e todo envelhecer é uma distração…
A vida é cheia de despedidas
A vida é cheia de despedidas
… seja do amor…
… seja de um ente querido e mui amado…
… seja de nós mesmos…
Como disse um texto.. morrer é necessário… aliás na vida algo perece p…

Sobre despedidas
Sobre despedidas
Parti!
Insistir nunca é perda de tempo,
mas reconhecer o que já acabou
também não é.
"Não aprendi dizer adeus."
"Não aprendi dizer adeus."
Preciso confessar que não sei lidar com despedidas. Por mim, toda pessoa querida morava no meu condomínio. Ninguém ia embora e principalmente ninguém morria. Como diri…
Oi sou uma liinda e não sei tocar violão.
Oi sou uma liinda e não sei tocar violão.
Não sei lidar com despedidas. Controlo meu ciúmes.
Super mega hiper possessiva, mas me controlo.
Orgulhosa demais, teimosa então nem se fala…