Poemas Curtos de Autores Famosos

O poeta é um fingidor

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

"Nenhum desejo neste domingo nenhum problema nesta vida o mundo parou de repente os homens ficaram calados domingo sem fim nem começo.

"Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
…

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Sacrifício não significa nem amputação nem penitência

Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (…) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos.

Baste a quem baste o que lhe basta

Baste a quem baste o que lhe basta
O bastante de lhe bastar!
A vida é breve, a alma é vasta;
Ter é tardar.

O problema não é inventar

O problema não é inventar.
É ser inventado hora após hora
E nunca ficar pronta
Nossa edição convincente.

Palavra puxa palavra

Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies.

As obras-primas devem ter sido geradas por acaso

As obras-primas devem ter sido geradas por acaso; a produção voluntária não vai além da mediocridade.

A Palavra

A Palavra
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.…

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Que tamanho tem o universo

Que tamanho tem o universo?
O universo tem o tamanho do seu mundo.
Que tamanho tem o meu mundo?
Tem o tamanho dos seus sonhos.

Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova

Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer.

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.

Há duas épocas na vida

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

Era uma princesa Que amou

Era uma princesa
Que amou… Já não sei…
Como estou esquecido!
Canta-me ao ouvido
E adormecerei…
Que é feito de tudo?
Que fiz eu de mim?
Deixa-me dormir,
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Estou só e sonho saudade

Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

E fala e ri e gesticula e grita

E fala e ri e gesticula e grita.
(teus olhos)
entrava-nos alma adentro
e via esta lama podre
e com pesar nos fitava
e com ira amaldiçoava
e com doçura perdoava.