Poemas Famosos de Amor

A Íbis

A Íbis, a ave do Egipto
Pousa sempre sobre um pé
O que é
Esquisito.
É uma ave sossegada,
Porque assim não anda nada.

Sorriso audível das folhas, Não és mais que a brisa ali. Se eu te olho e tu me olhas, Quem primeiro é que sorri? O primeiro a sorrir ri.

Sorriso audível das folhas,
Não és mais que a brisa ali.
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri, e olha de repente,
Para…

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Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que

Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.

Onde estamos

Onde estamos, há adagas nos sorrisos! O mais perto de nosso sangue é o que está mais perto de derramá-lo!

Tudo quanto o homem exp e ou exprime

Tudo quanto o homem expõe ou exprime é uma nota à margem de um texto apagado de todo.
Mais ou menos, pelo sentido da nota, tiramos o sentido que havia de ser o do texto; mas fica sempre uma dúvi…

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Pode alguma coisa ser mais imunda

Pode alguma coisa ser mais imunda, mais suja do que um porco? Se estivermos a falar de coisas externas, não.

Guia-me a só a razão

Guia-me a só a razão
Guia-me a só a razão.
Não me deram mais guia.
Alumia-me em vão?
Só ela me alumia.
Tivesse quem criou
O mundo desejado
Que eu fosse outro …

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O amor é uma companhia.

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
( Alberto Caeiro [Heterônimo de Fernando Pessoa], In O Pastor Amoroso )

O amor romântico é como um traje

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimo…

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Sem a loucura que é o homem Mais que a besta sadia

Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Loucura de sonho naquele silêncio alheio

Loucura de sonho naquele silêncio alheio!…
A nossa vida era toda a vida… O nosso amor era o perfume
do amor… Vivíamos horas impossíveis, cheias de sermos
nós… E isto porque sabíamos,…

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Nem sempre um ponto final é um ponto final

Nem sempre um ponto final é um ponto final. É possível, sempre, começar um novo parágrafo, por isso Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, co…

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Pois a calúnia vive por transmissão

Pois a calúnia vive por transmissão, / Alojada para sempre onde encontra terreno.

À beira do negro poço debruço-me

À beira do negro poço
debruço-me, nada alcanço
decerto perdi os olhos
que tinha quando criança.

Que fiz de mim

Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido,
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido