Último credo
Último credo
Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!
É o transcendentalíssimo mistério!
É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número Um,
Que matou Cristo e que matou Tibério.
Creio como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolue…
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!
Mensagens Relacionadas

vaga tristeza vaga lume vaga só
vaga tristeza
vaga lume
vaga só
Como um pouco de saliva quotidiana Mostro meu nojo à Natureza Humana
Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho…
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que u…
Agonia de um filósofo
Agonia de um filósofo
Consulto o Phtah-Hotep. Leio o obsoleto
Rig-Veda. E, ante obras tais, me não consolo…
O Inconsciente me assombra e eu nêle tolo
Com a eólica fúria do harm…

É como um requiem profundo De tristíssimos bemóis
É como um requiem profundo
De tristíssimos bemóis…
Sua voz é igual à voz
Das dores todas do mundo.