A UMA PASSANTE
A UMA PASSANTE
A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;
Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que assassina.
Brilho… e a noite depois! - Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!
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Nas noites escuras As luzes da rua Guiam meu caminho Mudam
Nas noites escuras
As luzes da rua
Guiam meu caminho
Mudam meu humor, sem terror
Não existe medo, não existe angústia
Apenas eu e as luzes da rua.

Chuva a compor A poesia Dança na rua como bailarina
Chuva a compor
A poesia
Dança na rua como bailarina.
Quem me vê caminhando na rua
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. (…) Penso como um homem, mas sinto como mulher.
#marthamedeiros#rua#moradores
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Madrugada fria.
A lua no fim da rua
vê nascer o dia.

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sombra da luz
na lua e na rua
alvo do lago