À mesa
À mesa
Cedo à sofreguidão do estômago.
É a hora
De comer.
Coisa hedionda! Corro.
E agora,
Antegozando a ensangüentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!
Como porções de carne morta… Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com este assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!…
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.
Mensagens Relacionadas
É como um requiem profundo De tristíssimos bemóis
É como um requiem profundo
De tristíssimos bemóis…
Sua voz é igual à voz
Das dores todas do mundo.
Acostuma-te à lama que te espera
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Agonia de um filósofo
Agonia de um filósofo
Consulto o Phtah-Hotep. Leio o obsoleto
Rig-Veda. E, ante obras tais, me não consolo…
O Inconsciente me assombra e eu nêle tolo
Com a eólica fúria do harm…
O homem que nesta terra miserável mora entre as feras
O homem que nesta terra miserável mora entre as feras, sente inevitável necessidade de também ser fera
#augustodosanjos#poemas#goticos#versos#pensamentos#augusto#anjosBalada do Cárcere de Reading (
Balada do Cárcere de Reading
(…)
Eu soube, então, a idéia lacerante
que o atormenta, e o faz correr,
e o faz olhar, tristonho, o céu radiante,
radiante, e alheio ao seu s…
Vítima do dualismo
Vítima do dualismo
Ser miserável dentre os miseráveis
— Carrego em minhas células sombrias
Antagonismos irreconciliáveis
E as mais opostas idiosincrasias!
Muito mais ced…